Carnaval
Prata e preto, preto e prata,
Sob as lindas luzes da avenida, Ela brilhando me fez feliz em exata medida E criou em mim uma lembrança grata. Meu tempo não é o dela - nos separam muitos carnavais - E nada farei por esse meu estúpido coração menino, Se minha razão vigia e implora retomar meu tino Para buscar paz e amor, não mais paixões eventuais. Sambar não sambo, cantar não canto. Seguia seus passos no ritmo da passarela. Ela alegre, bela e solta, eu distância mantida, bem perto dela, Cujo balanço me envolvia e na “festa da carne” tornei-me santo. Sua beleza menina, tímida, doce e tranqüila, Eu cuidava para que não me fosse perdida, Ela, em rodopio, sorria e cantava na multidão aturdida E o meu carnaval, por causa dela, chamou-se Kamila.
CA Paulon
Enviado por CA Paulon em 13/08/2007
Alterado em 13/08/2007 |